Trabalhar na área de saúde é um grande desafio em qualquer lugar do mundo, sobretudo no Brasil e conhecer os diferentes tipos de pacientes em consultórios é fundamental.
O nosso sistema já possui algumas complicações e, muitas vezes, o próprio público não colabora com o profissional. Por isso, conhecer quais são os tipos de pacientes comuns em consultórios pode ser muito interessante.
Cada um tem suas próprias características ou tendências a determinados tipos de comportamento.
Os profissionais precisam ter consciência desses aspectos, a fim de estabelecer uma relação vantajosa durante o atendimento.
Confira a seguir o conteúdo que preparamos sobre esse tema.
1. Paciente “sabe tudo”
O paciente “sabe tudo” é um dos mais comuns que você pode achar no seu consultório. Esta personalidade pode ser bastante prejudicial para a rotina do profissional da saúde e a produtividade da sua clínica. Por isso, é muito importante estar preparado para atendê-lo e evitar que cause algum tipo de dificuldade.
Ele tem o perfil de quem — antes da consulta — já utilizou os buscadores da internet para realizar diversas pesquisas sobre os sintomas e expor, muitas vezes de maneira pouco elegante e sem nenhum conhecimento de causa, aquilo que ele acha ou imagina que possa ter. Caso o diagnóstico não for o que ele espera, pode sair à procura de outro médico.
Nessa situação, é muito importante manter uma postura firme e esclarecer com riqueza de detalhes e bastante segurança o quadro e a conduta de tratamento que foi proposta. Mas isso deve ser feito com extremo cuidado para não soar como um comportamento arrogante ou pretensioso demais.
2. Paciente hipocondríaco
As pessoas hipocondríacas estão entre os tipos de pacientes mais comuns em consultórios médicos, afinal, essa característica faz com que eles procurem ajuda mesmo quando não precisam. Trata-se daqueles indivíduos que não podem ler ou ouvir falar sobre uma doença que já acham que estão com o problema.
O mais intrigante é que, muitas vezes, eles podem achar que estão apresentando os sintomas clássicos de patologias que são endêmicas de países ou até mesmo continentes diferentes, não sendo simples convencê-los do contrário. Para isso, é fundamental aliar paciência e um bom conhecimento de causa.
Mais uma vez, vale a pena ser seguro e ter uma postura enérgica, mas também acolhedora, de forma a fazer com que o indivíduo compreenda que você, enquanto um profissional especializado da área da saúde, sabe muito bem sobre o que está falando. Ser bastante didático, nesse momento, também é uma boa ideia.
3. Paciente exigente
O paciente exigente não necessariamente é aquele que pesquisou muito sobre a sua sintomatologia clínica, mas sim uma pessoa que quer exigir que você faça um atendimento que ele considere de alto nível. Em linhas gerais, é um indivíduo que pode não saber se expressar tão bem, mas que não apenas deseja o melhor cuidado, como o exige.
É importante transmitir certeza, segurança e muita seriedade durante o encontro, ao mesmo tempo que é necessário ter alguns cuidados para que ele confie em você, sem que para isso seja preciso oferecer tratamentos milagrosos ou realizar promessas falsas de acordo com o que estiver sendo demandado.
É também indispensável deixá-lo seguro quanto a outros aspectos importantes, como o sigilo, a qualidade da medicação proposta (muitas vezes tendo que explicar sobre os princípios ativos e os componentes presentes), a conduta e qualquer outro item que seja relevante para a continuidade desse relacionamento.
4. Paciente desatento
O paciente desatento pode, em um primeiro momento, parecer inofensivo e até mesmo um pouco engraçado, entretanto o fato é que ele demanda tanto cuidado quanto qualquer outro integrante dessa lista. A sua falta de atenção pode trazer consequências desagradáveis para o estado de saúde, especialmente se ele apresentar algo mais grave.
Confuso, ele pode se esquecer dos horários dos medicamentos, das datas das consultas seguintes, do preparo antes de algum procedimento, do jejum antes de uma retirada de sangue e assim por diante. É importante ter poder de síntese para resumir as recomendações principais e confirmá-las para garantir que ele siga as instruções.
Nesse contexto, uma boa ideia é escrever em um linguajar simples as suas instruções e até mesmo as receitas, caso elas sejam necessárias. Se houver exames de imagem ou laudos de laboratório, também é muito importante que você tenha paciência para explicá-los quantas vezes for preciso.
5. Paciente inseguro
O paciente inseguro é relativamente comum e pode englobar pessoas de todas as idades, mas, em linhas gerais, a sua predominância se dá em indivíduos com um grau de escolaridade mais baixo e que não têm facilidade em compreender instruções ou termos técnicos que são comuns no meio da medicina.
É comum que ele não se sinta preparado para tomar qualquer decisão mais complexa em relação ao que for proposto pelo profissional. Sendo assim, é imprescindível ter um pouco mais de calma e gastar algum tempo explicando quais são as alternativas disponíveis, os prós e os contras de cada uma delas.
Vale orientar bem os seus colaboradores e recepcionistas, pois esse pacientes podem se sentir desconfortáveis até mesmo na sala de espera. Por isso, um ambiente acolhedor e uma decoração sóbria colaboram a dar segurança. Algumas vezes, é necessário perguntar o porquê de o paciente se sentir tão inseguro para tentar ajudá-lo a resolver a situação.
6. Paciente fragilizado
Por fim, não dá para deixar de falar do indivíduo fragilizado, pois quando o assunto é doença esse tipo de comportamento é comum e, muitas vezes, compreensível. Esse paciente é um dos que mais merece atenção por parte do profissional, podendo ser extremamente desafiador.
Cabe ao médico ter ainda mais atenção e compaixão, ouvindo atentamente o que ele tem a dizer com vontade real em querer ajudá-lo. Tenha em mente que alguém fragilizado pode querer contar os próprios problemas, chorar na sua frente, questionar sobre a própria existência etc.
Diante desse contexto, ele precisa ser ouvido e legitimado. Algumas vezes, o silêncio e ouvidos atentos podem fazer um papel importante. Nesses casos, apenas escute, dê atenção e demonstre que você entende as suas dores e que elas são válidas, mesmo por meio de gestos ou expressões faciais.
Existem variados tipos de pacientes, portanto, o profissional da área de saúde precisa desenvolver a empatia e a compreensão a fim de garantir o bom atendimento dessa variedade de personalidades.
Esses são os tipos de pacientes comuns em consultórios. Gostou desse conteúdo? Então confira também nosso artigo sobre como otimizar o seu atendimento!