Para muitas pessoas, até mesmo para aquelas que já atuam na área da saúde, a telemedicina é considerada um tema relativamente novo, mas que vem atraindo a atenção e interesse de muitos profissionais.
Por facilitar os atendimentos, a telemedicina revela uma série de vantagens para os médicos e para os pacientes que utilizam este tipo de prática.
Entretanto a telemedicina se tornou uma possibilidade real apenas a partir dos avanços da tecnologia e da acessibilidade aos dispositivos com acesso à internet, como os smartphones, notebooks e tablets.
Além disso, mesmo com a popularização da telemedicina em diversos países do mundo, como o Canadá e os Estados Unidos, somente após a flexibilização anunciada pelo Ministério da Saúde – que prevê a possibilidade dos médicos atenderem aos pacientes, concederem atestados médicos e receitas à distância – a telemedicina teve um avanço considerável no Brasil.
Por isso, se você quer entender melhor sobre o que é e como funciona a consulta através da telemedicina, confira o conteúdo que preparamos para você!
O que é a telemedicina?
Ao analisarmos a origem da palavra telemedicina, temos evidenciado o termo “tele“, que quer dizer distância. Dado o contexto, a telemedicina engloba todas as práticas médicas realizadas de forma remota – independente do tipo de dispositivo ou recursos utilizados.
Ou seja, nas consultas realizadas à distância, o médico, o paciente e os demais envolvidos na atividade não necessitam estar no mesmo local geográfico.
Apesar de ter tido os seus primeiros registros ainda no século XIX, foi na década de 1990 que a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu a importância deste tipo de prática médica, especialmente para os casos em que a distância é considerada um fator crítico para a oferta de serviços relacionados à saúde.
Desta forma, a telemedicina tem eliminado as barreiras geográficas, combatido distâncias e conectando especialistas de quaisquer áreas do mundo a outros profissionais de saúde e pacientes.
É muito importante ressaltarmos ainda que a telemedicina só pode ser exercida por médicos e profissionais de saúde devidamente capacitados, considerando as suas respectivas áreas de especialidade. E também que todo esse avanço só é possível graças à expansão da tecnologia, dos dispositivos eletrônicos e do acesso à internet.
Tudo isso contribui para a resolução de diversos problemas na área da saúde, como a carência de médicos especialistas em regiões distantes dos grandes centros urbanos, a segunda opinião médica e até mesmo no combate de pandemias – como no caso da crise mundial causada pelo novo coronavírus em 2020.
Como surgiu a telemedicina?
Apesar de sua popularização e do conceito moderno de telemedicina envolver o uso de recursos e dispositivos tecnológicos, a sua origem se deu muito antes do surgimento destes instrumentos atuais.
Apesar de sua popularização e do conceito moderno de telemedicina envolver o uso de recursos e dispositivos tecnológicos, a sua origem se deu muito antes do surgimento destes instrumentos atuais.
Existem algumas divergências históricas, mas alguns estudos relatam que a telemedicina já contribuia para a promoção da saúde desde a Idade Média, especialmente no período em que a Europa enfrentou os enormes desafios advindos da proliferação de pragas.
Os registros citam um médico que se isolou na margem oposta de um rio que cortava a região onde morara para instruir e repassar informações para agentes comunitários que, então, auxiliavam a população local.
Os agentes descreviam os sintomas e as características das doenças ao médico, que as recebia e recomendava as condutas a serem adotadas.
Porém, os primeiros registros oficiais da telemedicina só aconteceram quando a transmissão de informações médicas pôde contar com um dispositivo de comunicação bastante evoluído para a época: o telégrafo.
Por meio deste recurso, os médicos passaram então a compartilhar informações com os seus colegas de profissão e discutir sobre casos clínicos e laudos diagnósticos.
Quando o telefone foi inventado, a telemedicina começou a se revolucionar devido aos benefícios que a troca de informações por meio da voz nos permite. E, depois de algum tempo, quando as linhas telefônicas se expandiram e se tornaram mais acessíveis, a combinação destes aparelhos com os instrumentos de fax passaram a permitir o envio de resultados por imagens, como os eletrocardiogramas.
Hoje, com o avanço exponencial dos recursos tecnológicos, a telemedicina utiliza combinações de dispositivos móveis – como os smartphones, tablets e notebooks -, da internet e de softwares seguros, especialmente desenvolvidos para este fim.
Por meio do armazenamento em nuvem, com acesso restrito apenas aos profissionais previamente autorizados, todo o histórico de informações de um paciente – incluindo prontuários eletrônicos, exames por imagens, vídeos, áudios, etc – passa a ser disponibilizado ao médico independentemente do dia, horário ou região onde se encontra.
Ou seja, atualmente, basta que o médico tenha acesso à internet para que ingresse na plataforma, por meio de seu cadastro de usuário e senha, e possa visualizar todos os dados do paciente.
A telemedicina veio para ficar
A telemedicina não é mais apenas uma tendência inovadora. Este tipo de prática médica passou a ser uma necessidade para muitos pacientes e profissionais de saúde durante os tempos incertos que a pandemia de covid-19 provocou.
Embora lamentemos que tenha sido necessária uma pandemia para impulsionar a telemedicina, para o bem ou para o mal, é verdade. Os holofotes estão agora direcionados à ela e por boas razões.
Com base em uma pesquisa realizada pelo Sage Growth Partner, 25% dos pacientes entrevistados utilizavam a telemedicina antes da atual pandemia da covid-19, 59% relataram que têm mais probabilidade de usar os serviços de telemedicina agora do que anteriormente e 33% até deixariam o seu médico atual por outro que ofereça consultas por meio da telemedicina.De acordo com um relatório da Global Market Insights, o mercado de telemedicina está avaliado em US$ 175,5 bilhões até 2026. Esses números certamente indicam a necessidade da telemedicina agora e no futuro.
Como dissemos anteriormente, é interessante ressaltar que esta tecnologia não é nova: plataformas para consultas remotas existem há décadas, foram originalmente implantadas para ajudar hospitais a alcançarem os pacientes que moravam em locais remotos ou rurais.
Nos últimos anos, os avanços da tecnologia, smartphones e videoconferências permitiram um nível maior de envolvimento entre o paciente e o médico. Mas, diante de possíveis preocupações regulatórias e de privacidade, para não mencionar as questões de cobrança, a adoção da telemedicina foi baixa no mundo anterior ao novo coronavírus. Mas, tudo mudou há algumas semanas e não há como voltar atrás.
Antes da covid-19, geralmente os médicos não eram pagos por consultas por telemedicina da mesma forma, pois normalmente seriam compensados com as consultas em consultório. Isso deixou pouco incentivo para os médicos adotarem amplamente a telemedicina.
Como resultado da emergência de saúde pública e dos muitos consultórios médicos que permanecem fechados, muitos planos de saúde ampliaram a cobertura, o que significa que os serviços de telemedicina podem ser prestados a uma gama muito maior de pacientes hoje.
Esta é uma boa notícia para pacientes e médicos. Para os médicos, a telemedicina pode fornecer uma fonte de renda durante um período muito desafiador, enquanto otimiza sua prática para o atendimento virtual no futuro.
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Como funciona a consulta através da telemedicina?
Conforme dissemos anteriormente, a consulta por meio da telemedicina é a consulta realizada à distância, através do suporte seguro de softwares ou sistemas desenvolvidos especialmente para este fim.
Hoje, o profissional da área médica tem em mãos a oportunidade de acessar todas as informações sobre o seu paciente, independente do local onde se encontra. Para isso, basta que tenha em mãos qualquer tipo de dispositivo com acesso à internet.
Podendo contar com recursos como este, o médico então se tornou capaz de analisar e interpretar dados contidos em exames e produzir laudos com suas conclusões – tudo à distância. Além disso, com os recursos tecnológicos, tornou-se ainda capaz de realizar atendimentos remotos por meio de videochamadas e outros recursos de telecomunicação.
Dado o contexto, são muitas as vantagens que a telemedicina proporciona aos médicos, aos pacientes e aos demais profissionais da saúde. E, devido aos seus benefícios, a telemedicina que já era comum na oferta de cuidados e no atendimento dos centros médicos em diversos locais de todo mundo, como no Canadá, nos Estados Unidos e diversos países da Europa, começou a dar os seus primeiros passos no Brasil.
Mesmo contando com iniciativas tanto da rede pública quanto da rede privada no país, apenas após a flexibilização da regulamentação anunciada pelo Ministério da Saúde – que apontou a prática da telemedicina como uma importante medida de controle e combate da pandemia causada disseminação do novo coronavírus- a telemedicina começou a se popularizar no Brasil.
Então, se você ainda tem dúvidas sobre as vantagens da telemedicina e quer saber como funciona a consulta através da telemedicina, acompanhe o conteúdo a seguir!
Quais são os tipos de serviços oferecidos por meio da telemedicina?
Antes da pandemia causada pelo novo coronavírus influenciar a flexibilização por parte do Ministério da Saúde quanto às práticas da telemedicina, o atendimento à distância já se mostrava como uma forte tendência no país.
Considerando o contexto na qual a teleconsulta é realizada, ela pode ser síncrona ou assíncrona. Conforme descrito abaixo:
- Síncrona: trata-se da troca de informações realizadas de forma imediata, ou seja, em tempo real;
- Assíncrona: trata-se de orientações realizadas por meio de mensagens de texto, respondidas horas depois do envio.
No Brasil, o Ministério da Saúde determina que dúvidas assíncronas sejam respondidas em, no máximo, 72 horas.
Atualmente, as práticas mais comuns da telemedicina, são:
- As teleconsultas;
- As teleconsultorias;
- Os telediagnósticos;
- A teleducação;
- A segunda opinião formativa.
Hoje, médicos de quaisquer especialidades podem atender os seus pacientes por meio da telemedicina e os serviços de laudos à distância têm favorecido a todos, seja na interpretação de gráficos ou imagens.
As especialidades mais comuns entre os atendimentos remotos são:
- A cardiologia;
- A clínica médica;
- A pneumologia;
- A neurologia;
- E a radiologia.
Após falarmos sobre as origens, sobre a importância e sobre como funciona a telemedicina, ficam evidentes os impactos positivos que este tipo de prática médica é capaz de proporcionar à sociedade como um todo. Além disso, ressaltamos sobre o importante papel da telemedicina no Brasil para a redução dos problemas relativos à falta de acesso aos atendimentos médicos em regiões remotas e até mesmo no combate de pandemias, como no caso do novo coronavírus.
Agora que você já sabe como funciona a consulta através da telemedicina, que tal entender um pouco mais sobre como escolher o melhor sistema para a prática da telemedicina?
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