Regulamentar a telemedicina? Com objetivo de diminuir a velocidade da disseminação do novo coronavírus e achatar a curva de contaminação da covid-19, o Ministério da Saúde flexibilizou a regulamentação da telemedicina para os atendimentos remotos durante o período de pandemia.
A nova portaria prevê a possibilidade de que os médicos atendam aos pacientes, concedam atestados e receitas médicas à distância. Desta forma, a telemedicina teve um enorme avanço no país.
Se você quer entender melhor sobre como funciona a consulta médica remota e saber mais sobre como atender os pacientes após o Ministério da Saúde regulamentar a telemedicina, confira o conteúdo que preparamos para você!
O que é a telemedicina?
Com origem na palavra “tele“, que significa distância, a telemedicina abrange todas as práticas médicas realizadas de forma remota, ou seja, à distância – independente do tipo de instrumento utilizado para que essa relação aconteça.
A telemedicina teve início na década de 1950, mas desde então tem avançado consideravelmente, em especial, em países desenvolvidos. Mas, com o avanço da tecnologia e o acesso facilitado aos dispositivos móveis e à internet, este tipo de atendimento tem se popularizado.
Antes do surto mundial da covid-19, em 2020, a telemedicina no Brasil era praticada principalmente nas frentes de teleassistência, teleconsulta apenas entre médicos, teleducação e para a emissão de laudos à distância.
A pandemia do novo coronavírus e a regulamentação da telemedicina
Como dissemos, mesmo antes da crise mundial da saúde causada pela pandemia do novo coronavírus, a telemedicina já era regulamentada no Brasil.
Porém, a sua prática era restrita. Em 2018 um grande passo do Conselho Federal de Medicina havia flexibilizado algumas diretrizes, conforme praticado em outros lugares do mundo.
Mas, após alguns dias, a publicação foi revogada em razão do entendimento de parte dos médicos que defendiam que a telemedicina poderia resultar em mais problemas do que soluções.
Entretanto, como podemos acompanhar em países mais desenvolvidos, a telemedicina é segura e contempla diversos benefícios. Desta forma, para a surpresa de muitos, o Ministério da Saúde passou a autorizar a teleconsulta não apenas para pacientes que apresentam sintomas relacionados a covid-19 ou síndrome gripal, mas para todos os que desejam se consultar devido a qualquer outro motivo e com quaisquer especialidades médicas.
Conforme destacado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), em resposta a nova portaria divulgada pelo Ministério da Saúde, entre os inúmeros benefícios do atendimento médico remoto durante a pandemia do novo coronavírus, podemos ressaltar:
- As vantagens da teleorientação, como a possibilidade do encaminhamento do paciente ao isolamento conforme necessário;
- Os benefícios do telemonitoramento, possibilitando que os pacientes sejam controlados à distância por parâmetros de saúde ou doença;
- As vantagens da teleinterconsulta, que permitem aos médicos a troca de informações e opiniões – para auxílio diagnóstico ou terapêutico;
- A contribuição para o achatamento da curva de contaminação devido a redução da procura por atendimento médico em hospitais e clínicas;
- O aumento da segurança dos paciente, médicos e equipe de saúde, que não precisam se expor ao risco desnecessário de contaminação pela covid-19.
Agora que você já sabe mais sobre o que é a telemedicina e por que ela foi regulamentada durante a pandemia do novo coronavírus, entenda quais são as resoluções do Ministério da saúde sobre o tema.
Quais são as resoluções do Ministério da Saúde sobre a telemedicina?
A telemedicina, conforme dissemos anteriormente, é o atendimento médico realizado à distância por meio do uso de tecnologias da telecomunicação e da informação.
No Brasil, a legislação já considerava o exercício da medicina mediado por tecnologias para: os fins assistenciais, de pesquisa, de prevenção de doenças e lesões e para a promoção da saúde de forma ampla.
Mas, após a crise mundial causada pela pandemia do novo coronavírus, a telemedicina foi entendida como um importante recurso para lidar com a pandemia e uma nova portaria foi publicada no Diário Oficial da União.
Além das legislações anteriormente em vigor sobre os atendimentos remotos, a portaria nº 467 estabelece que a telemedicina pode contemplar o atendimento pré-clínico, de consulta, monitoramento, diagnóstico e suporte assistencial por meio de tecnologia da informação e comunicação – sendo a medida válida tanto para a saúde pública, como para a saúde privada.
Entretanto, é válido ressaltar que, no caso das consultas, o atendimento deverá ser efetuado diretamente entre os médicos e os pacientes e o uso de uma tecnologia que garanta o sigilo, a integridade e a segurança dos dados sensíveis é fundamental.
Como atender os pacientes após o Ministério da Saúde regulamentar a telemedicina?
Com a preconização ao isolamento social, devido a pandemia do novo coronavírus, muitos pacientes estão em busca do atendimento médico remoto.
Por isso, você pode estar se perguntando como atender os pacientes após o Ministério da Saúde regulamentar a telemedicina. Sendo assim, confira algumas sugestões que poderão te orientar sobre a questão:
Avise os seus pacientes sobre o novo tipo de atendimento
Verifique a lista de pacientes que já estão em sua carteira de atendimento, entre em contato com eles de forma automatizada e explique sobre a nova modalidade de consulta disponível. Esclareça sobre os detalhes e sobre os benefícios desta prática médica, em especial, em tempos de pandemia.
Estabeleça as formas de cobrança
Ainda não foi regulamentado como serão os sistemas de cobrança. Algumas operadoras de saúde já oferecem, dentro dos planos, as suas plataformas de Telemedicina. Mas, em caso de consultas particulares, as formas de pagamentos são definidas pelo médico e, de preferência, os honorários devem ser efetuados antes da consulta.
Estruture o seu atendimento à distância
Antes de atender qualquer paciente, você precisará estruturar a sua consulta, organizar a sua agenda, criar ou atualizar os prontuários clínicos, garantir a segurança dos dados sensíveis e informações trocadas entre vocês, escolher uma tecnologia eficiente para realizar as consultas com eficiência, organizar os pagamentos e demais registros financeiros, entre outros diversos pontos.
O único meio para que você se organize e tenha controle sobre o seu consultório de forma segura e prática é contando com o suporte da tecnologia.
Utilize os prontuários eletrônicos
Independente do tipo de consulta que pretende realizar, seja a prática à distância ou a presencial, a utilização dos prontuários eletrônicos será um excelente investimento. Inúmeros benefícios podem ser notados a partir de sua utilização, como:
- A diminuição de custos com a manutenção de arquivos;
- O ganho de espaço físico no consultório ou home office;
- A otimização das atividades e redução do tempo de atendimento;
- A acessibilidade por meio de qualquer dispositivo com acesso à internet;
- A segurança dos dados e informações sensíveis dos pacientes por meio de autenticação de acessos e criptografia;
- A integração de informações oriundas de diferentes fontes, incluindo áudios, vídeos, imagens, entre outros.
Escolha uma plataforma que garanta a segurança de dados sensíveis
Como você já deve saber, mesmo antes da flexibilização da prática da telemedicina, as clínicas médicas, consultórios, hospitais e quaisquer outros estabelecimentos da área da saúde já eram obrigados a adequarem os seus sistemas às novas sanções da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Esta lei possui inúmeros objetivos, mas o principal deles é aumentar a segurança das informações confidenciais trocadas entre os médicos e os pacientes.
Desta forma, ela considera que as mensagens e informações relativas ao atendimento médico precisam ser criptografadas, ou seja, codificadas. E, para isso, é preciso que garanta a segurança dos dados dos seus pacientes por meio de uma tecnologia eficaz e que possua credibilidade.
Mais do que nunca, após a regulamentação da telemedicina ter sido fomentada pelo Ministério da Saúde, é preciso se adaptar às novas necessidades de atendimento e oferecer aos seus pacientes as consultas à distância.
Sendo assim, para disponibilizar um atendimento médico de altíssimo nível por meio da telemedicina é preciso reconhecer a importância da tecnologia. E escolher uma boa ferramenta para a gestão do seu consultório é fundamental para que as consultas remotas possam ser realizadas com segurança e sucesso.
Agora que você já sabe como atender os pacientes após o Ministério da Saúde regulamentar a telemedicina, que tal entender um pouco mais sobre como escolher o melhor sistema para a prática da telemedicina?
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